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Londrina: fechamento de casa noturna termina em confusão



Uma casa noturna, localizada na Vila Casoni, foi fechada na madrugada do último sábado (21) durante uma Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu), em Londrina. No momento, cerca de 100 pessoas estavam no local onde acontecia uma festa organizada por alunos do curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

De acordo com relatos, policiais militares entraram no local e ordenaram que todas as pessoas saíssem para que fossem revistadas. Os policiais estavam verificando a presença de menores e outras irregularidades na festa.

A ação da PM foi contestada por frequentadores da casa noturna. Em entrevista ao Portal Bonde, dois universitários reclamaram do abuso dos policiais. Eles relataram a humilhação e desrespeito que quem estava por lá precisou passar.

"Não foi possível nenhum diálogo com os policiais. Da parte das pessoas que estavam presentes não houve nenhuma resistência. Porém os policiais trataram todos como se fossem marginais, ameaçando o tempo todo. Foi uma abordagem opressiva. Durante a revista fiz algumas fotos, mas os policiais me obrigaram a apagar com a ameaça de que eu seria levado para o camburão. Não vi pessoas sendo agredidas, apenas ofendidas. No entando, no local duas pessoas confirmaram que viram um adolescente ser agredido", relatou o estudante Guilherme Vanzela.

"Não deram explicação do que estava acontecendo. Chegaram apontando arma e pediram para que todos encostassem na parede. Até entendo que a abordagem é legítima, pela presença de menores no lugar e também para apurar alguma irregularidade, só que forçaram a barra e faltaram com respeito. Não vi agressão física, mas sim moral. Vi uma menina, que não queria ser revistada por um policial masculino, ser chamada de 'vagabunda'", reforçou o universitário Marcos Gica.

Após a fiscalização, foi determinado então o fechamento do local. Policiais permaneceram lá até que boa parte das pessoas disperssassem. Segundo os dois universitários, ningém foi encaminhado para a delegacia, apenas os menores de idade foram levados embora para suas casas.

Além disso, o proprietário da casa noturna informou que ninguém ia pagar nada. Ele, porém, não informou o motivo pelo qual o lugar não poderia mais funcionar.

Informações preliminares são de que o espaço foi fechado por não fiscalizar devidamente a entrada dos menores e por estar sem licença no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD) para os direitos autorais das músicas

Até a tarde desta segunda-feira (23) a Polícia Militar ainda não tinha fechado o balanço da Aifu.

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