"Rios voadores" ajudam agricultura na região de Londrina
Pesquisadores monitoram a passagem do fenômeno natural em cidades brasileiras
Rafael Fantin - Redação Bonde
Entre as cidades monitoradas pelos pesquisadores está Londrina, onde foram registradas a passagem de 25 rios voadores neste ano.
O volume de água evaporada lançado na atmosfera pela floresta é de aproximadamente 20 trilhões de litros diários. De acordo com o projeto, a estimativa é de que a Amazônia tenha aproximadamente 600 bilhões de árvores. "Rios voadores é um nome poético, que ajuda as pessoas entenderem como a umidade da floresta pode influenciar a ocorrência das chuvas", explicou.
Cerca de 40% do volume evaporado sai da região amazônica para formar os rios voadores. Além da influência das massas de ar e dos ventos, o fluxo do "rio voador" desce em direção ao Sul por causa da Cordilheira dos Andes, que funciona como uma barreira natural.
No trajeto, a umidade passa por cidades como Brasília, Cuiabá, Uberlândia, Ribeirão Preto e Chapecó e o fenômeno influencia o clima até do Norte da Argentina. Em regiões mais secas, os rios voadores são fundamentais para interrupção dos longos períodos de estiagem. A precipitação depende de outras condições. Mas, sem chuva, o rio voador acaba no Oceano Atlântico.