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Prefeito diz ter sido agredido no próprio gabinete

Edson Ferreira - Folha de Londrina
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A Polícia Civil de Sertanópolis (Região Metropolitana de Londrina) abriu inquérito ontem para apurar o crime de lesão corporal contra o prefeito Tide Balzanelo (PT). Ele teria sido agredido no começo da tarde de ontem (15), no próprio gabinete, após exonerar do cargo o diretor administrativo Antonio Tavares, que é servidor de carreira do município, mas ocupava o cargo comissionado há cerca de 40 dias. O petista passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Londrina. 

De acordo com o delegado Paulo Gomes, o prefeito foi até a delegacia para registrar boletim de ocorrência contra o servidor, alegando a agressão. "Ele foi ouvido, instauramos o inquérito e vamos agora ouvir o funcionário que teria praticado o crime, que deve ser apresentado nesta terça-feira (16) pelo advogado." Conforme o delegado, a agressão é crime passível de prisão em flagrante.

O prefeito Tide Balzanelo foi procurado pela reportagem, mas não quis comentar o caso. O advogado dele, Sebastião Ferreira, disse que a prefeitura deve abrir procedimento administrativo que pode resultar na exoneração de Tavares, "que cometeu ato grave como servidor". Ferreira afirmou não ter detalhes sobre a discussão entre os dois no gabinete. "De qualquer maneira, não há motivo que justifique umatitude dessa. Não há justificativa para se agredir alguém." 

Tavares foi nomeado para o cargo de diretor administrativo da Prefeitura de Sertanópolis no começo do mês de agosto, depois da exoneração de Tércio Neves, que saiu acusando o prefeito de perseguição política. Junto com Neves, foram demitidos outros quatro comissionados – Romildo Reis (ex-secretário geral), Jefferson Dias (ex-diretor do departamento de agropecuária), Nilson Umbelino (ex-chefe da divisão de meio ambiente) e Elizangela Nogueira (ex-chefe de gabinete) – e todos reclamaram de perseguição política do chefe do Executivo, conforme já mostrou a FOLHA. Na época, Balzanelo negou perseguição e justificou a medida como "questão de economia". 

Questionado se a demissão de Antonio Tavares, ontem, teria motivação política, o advogado do petista disse que "ao prefeito cabe nomear e demitir quem ele entender, na hora que entender ser melhor, é uma prerrogativa dele".
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