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Hemocentro quer triplicar estoque

Objetivo é suprir a demanda dos leitos públicos e filantrópicos de 18 hospitais da região

Fotos: Gina Mardones
Tamiris Rosa da Silva: "Minha irmã sofreu um acidente e precisou de sangue; agora sempre procuro retribuir a ajuda que recebemos"
Unidade móvel ficará estacionada todas as quintas no Museu Histórico; procura foi grande ontem
Londrina – O Hemocentro Regional de Londrina precisa triplicar o estoque de sangue para suprir a demanda total dos leitos públicos e filantrópicos de 18 hospitais da 17ª Regional de Saúde. Para ajudar a atingir a meta, um ônibus do Hemocentro estará estacionado no pátio do Museu Histórico de Londrina, ao lado do Terminal Central, todas as quintas-feiras, das 9 às 12 horas. Ontem, no primeiro dia de coleta, a procura foi grande. Doadores antigos e também os de primeira viagem passaram pelo museu para doar sangue.

De acordo com o médico hematologista e diretor do Hemocentro do Hospital Universitário (HU), Fausto Trigo, atualmente, a média de doações é de 1,2 mil bolsas por mês. "É o suficiente para dar conta das emergências, mas é preciso de um volume maior para trabalharmos com uma margem de segurança", explicou. A meta é chegar a quatro mil bolsas por mês. As doações são destinadas a pacientes do HU, Maternidade Municipal, hospitais da Zona Norte e Zona Sul, em Londrina, e mais 14 hospitais das cidades da área de abrangência da 17ª Regional de Saúde.

Com o posto de coleta instalado no centro da cidade, Trigo espera aumento considerável das doações. "Muitos querem doar, mas reclamam que não têm tempo. Acabou a desculpa." Todo o procedimento, que inclui eventual cadastro, triagem, avaliação médica e coleta dura em média 25 minutos.

Doadora desde os 18 anos, a instrutora de musculação Tamiris Rosa da Silva, 21 anos, aproveitou a comodidade para fazer mais uma doação. "Minha irmã sofreu um acidente e precisou de sangue. Agora sempre procuro retribuir a ajuda que recebemos", contou.

O pintor de paredes Marcos Gomes, de 40, nunca havia doado sangue. A solidariedade foi maior que o receio e ele procurou o Hemocentro. "Sempre tive vontade de doar sangue, ajudar o próximo, mas tinha um pouco de medo. Hoje resolvi doar e vi que não doi nada. Pelo contrário, a gente se sente bem", incentivou. O diretor do Hemocentro explica que, pelas restrições de pessoal e de capacidade da unidade móvel, as coletas no museu estão limitadas a 40 bolsas por dia.

De acordo com a médica Tatiana Iriyoda, além de rápida, a doação é segura, ao contrário de muitos mitos que ainda são propagados. "A dor é apenas da picada da agulha. São coletados apenas 460 ml de sangue e não há o mínimo risco de contaminações", garantiu. O doador deve ser uma pessoa saudável, com idade entre 18 e 65 anos e pesar mais que 50 quilos. Adolescentes a partir de 16 anos podem fazer a doação acompanhados ou autorizados pelos pais.

Fausto Trigo ressalta que as doações no Hemocentro continuam normalmente. Quem preferir pode procurar a unidade ao lado do Hospital Universitário, na Rua Cláudio Donisete Cavalieri, 156, Jardim Aruba (zona leste). O horário de atendimento é das 13h às 18h30 em dias da semana e das 8h às 17h30 aos sábados. Mais informações pelo telefone (43) 3371-2618.

RESTRIÇÕES
A estudante Aline Ricceto Teixeira, de 20 anos, acompanhou o marido, o professor Helder Linhares Teixeira, de 31, na doação. Ela pretendia se cadastrar como doadora, porém descobriu que não poderia por estar amamentando há menos de 12 meses. "Vou ter que esperar mais seis meses. Fica para a próxima", lamentou. Além das lactantes, outros pessoas não poderão doar sangue se, por exemplo, estiver com anemia, hipertensão ou hipotensão arterial no momento da doação. A lista completa de restrições e outras informações pode ser verificada no site: http://www.uel.br/hu/hemocentro.
Celso Felizardo
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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