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PM reforça patrulhamento com moto

22 homens do 5º Batalhão foram treinados para atuar sobre duas rodas

Fotos: Anderson Coelho
A versatilidade e a rapidez no atendimento de ocorrências são os pontos fortes do policiamento com motos
Londrina- Vinte e dois policiais militares do 5º Batalhão, cuja sede fica em Londrina, participaram ontem da formatura do estágio de policiamento com motocicletas. O grupo que participou do treinamento foi considerado com mais aptidão para atuar nesse tipo de patrulhamento.

Um dos policiais do grupo que finalizou o treinamento é o soldado Bruno Henrique Carvalho Aquiles, de 27 anos. Ele recebeu uma homenagem especial por trabalhar nas horas de folga na pintura e manutenção das motocicletas e capacetes da corporação.

"A gente entra na PM achando que sabe pilotar moto, mas depois desse curso passamos de motoqueiros a motociclistas. Com o curso aprendemos a andar de motocicleta da maneira adequada, e passamos a vê-la como uma extensão do corpo", destacou Carvalho.

O instrutor foi o soldado Adirlei Luiz Cezarine, pioneiro no patrulhamento com moto no Paraná. "O soldado Cezarine tem um conhecimento vasto. Ele nos ensinou técnicas de tiro, de abordagem e de maneabilidade com motocicleta. Agora o trabalho é combater o crime e a bandidagem. Vamos reprimir e entrar em todo lugar onde o carro não entra", declarou Carvalho.

Cezarine destacou que fez o curso em 2002, quando participou de um treinamento no 2º Batalhão de Choque de São Paulo, na divisão de Rondas com Apoio de Motocicletas (Rocam). "Fizemos um curso voltado para multiplicadores e trouxemos a ideia deles para o Paraná. Mudamos algumas técnicas para adequá-las à nossa realidade e através disso montamos a Choque Motos em Curitiba e depois em Londrina. Agora também montamos a Rocam aqui na cidade", explicou.

Entre as adequações que fez nas técnicas utilizadas no patrulhamento com motos, ele destacou que aqui no Paraná foi implantada a figura do garupa nas motos. "O garupa é o responsável por fazer a segurança da equipe durante as abordagens de rotina, seja em favela, seja na área central. Ele carrega uma arma calibre 12 ou uma metralhadora, porque durante o patrulhamento de rua o motociclista fica muito exposto e para quem conduz a moto é um patrulhamento de alto risco e há a dificuldade para sacar uma arma", destacou.

Segundo o tenente-coronel Hudson Leôncio Teixeira, comandante do 5º BPM, com esse tipo de patrulhamento o policial chega mais rápido na ocorrência e fica mais próximo da sociedade. "Eu defendo a tese de que precisamos investir mais em motocicletas para dar um atendimento melhor e uma resposta mais rápida para a sociedade", salientou.

A versatilidade das motocicletas é uma das qualidades que são elogiadas pelo comandante e ele nutre uma afeição especial por esse tipo de patrulhamento. "A primeira unidade em que servi foi em um pelotão de motociclistas, quando me formei em 1992. Tenho uma afinidade e gosto do policiamento com motocicleta", destacou.

De acordo com o comandante, a tendência neste fim de ano é de que haja um aumento da criminalidade. "Tendo em vista que teremos o indulto e vários marginais serão liberados, é uma questão legal que não cabe a mim questionar ou ponderar, mas nosso trabalho vai ser cumprido."

Ele ressaltou que existem bandidos que serão atraídos pelos recursos oriundos do 13º salário e assaltos a estabelecimentos comerciais. "Nosso atendimento estará focado na área comercial, mas sem deixar de lado os bairros", concluiu.
Vítor Ogawa
Reportagem Local-folha de londrina
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