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Pulseiras de elástico conquistam crianças e adultos e vão além de uma simples brincadeira

A cada ano uma nova moda toma conta das escolas. A mais recente é a das pulseiras de elástico. Feitas de pequenos aros coloridos trançados, não há limites para os desenhos e nem para as ferramentas utilizadas para criar os acessórios. De teares a garfos, tudo serve para a criançada mostrar sua criatividade. Além das pulseiras, também é possível fazer anéis e figuras diversas, como frutas e animais. Na internet tutoriais ensinam a criar as peças.

Mas engana-se quem pensa que só a meninada anda com as pulseiras coloridas por aí. Pais, tios e avós se renderam à moda e até astros como David Beckham, o príncipe William e a princesa Kate Middleton já apareceram em público usando suas Loom Bands ou Rainbow Loom, como são conhecidas as pulseirinhas.

Além de colocar as crianças na moda, a brincadeira tem servido para outros propósitos, como a interação com os amigos, menos tempo com aparelhos eletrônicos e até para educação financeira.

Na casa da promoter Aline Cooper e do vendedor Vander Splicido, as pulseirinhas dominam boa parte do tempo de lazer do filho Lucas Cooper Splicido, de 9 anos. A mãe conta que o menino aprendeu a fazer os acessórios na escola e pediu para ela comprar o material. Com tudo em mãos, seguiu o exemplo de outros colegas e começou a vender as pulseiras.

"Vendi até para o homem que veio arrumar a pia aqui de casa", conta ele. Familiares e amigos dos pais são os clientes habituais, que podem escolher entre os modelos prontos ou fazer encomendas personalizadas. Segundo o menino, cada uma leva em torno de apenas cinco minutos para ficar pronta e o custo depende da quantidade de material utilizado e a complexidade do modelo, podendo variar de R$ 1 a R$ 2.

"Só deixamos ele fazer as pulseiras porque vai bem na escola. É uma maneira dele estar ativo e se ocupando. O Lucas sempre foi tranquilo, gosta de brincar com jogos de montar e passa pouco tempo no computador. Acho esse brinquedo interessante porque estimula a criatividade, a gente vai escolhendo as cores e até eu brinco junto", conta Aline.

Intermediário nas vendas a pedido do filho, Splicido conta que os amigos se espantam quando ficam sabendo que foi uma criança quem fez as pulseiras. "Eles acham bem feito. Acredito que a internet ajudou a disseminar essa mania."

O dinheiro é usado para comprar mais material e também está sendo guardado para comprar algo especial. "Ensinamos a calcular o que ele gastou, o preço do material e chegamos ao valor final. Dá para ensinar várias coisas com o brinquedo", diz a mãe.

A promoter Aline Cooper acompanha o filho Lucas, de 9 anos, na confecção das pulseiras: acessórios estimulam criatividade e são vendidos para amigos e familiares

Érika Gonçalves
Reportagem Local-folha de londrina
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