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Chuva forte alaga imóveis e arranca pedaços de asfalto em Paranavaí

Chuva atingiu o município nesta segunda (30); em uma hora choveu 55 mm.
Enxurrada invadiu Cemitério Municipal e água ultrapassou alguns túmulos.

Do G1 PR
Alguns moradores tiveram muito trabalho na manhã desta segunda-feira (30) após a chuva que caiu durante a madrugada em Paranavaí, no noroeste Paraná. A forte chuva deixou casas e empresas alagadas, túmulos do Cemitério Municipal foram danificados e pedaços de asfalto de pelos menos quatro ruas foram arrancados, segundo a prefeitura. De acordo com o Instituto de Meteorologia Simepar, em uma hora choveu 55 mm – a média do mês é de 129 mm- e os ventos ultrapassaram os 48 km/h.

De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura Euripedes Leme Silva as ruas Bahia, Antônio Vendramin, Francisco Isidoro e Irati tiveram problema. “O volume de chuva foi muito grande, e a água acabou infiltrando no asfalto por algum buraco. Com isso, a capa asfáltica foi arrancada”, diz o secretário.

Enquanto o Executivo afirma que apenas quatro vias tiveram problemas, nos bairros a situação é outra. No Jardim Santos Dumont, a chuva arrancou praticamente todo o asfalto da Rua São Cristóvão. Quem passou pelo local nesta segunda-feira (30), precisou desviar de crateras.  Nesta via, o asfalto foi feito há menos de um ano e com a chuva foi parar em cima da calçada.

“Não tem mais condição, não tem nem como andar na rua. Pagamos imposto, mas o asfalto que foi feito parece uma casca de ovo”, critica o morador Érick Negrini.

Na região do Cemitério Municipal, no Jardim Paraíso, também foram registrados vários estragos. A enxurrada arrancou um dos portões e invadiu o local. A água chegou a passar por cima de alguns túmulos.
Os estragos também se estenderam às casas e empresas vizinhas da região. Na rua Albino Silva a água chegou a mais de uma metro de altura. A moradora Patrícia Dellatorre subiu em cima de uma mureta na cozinha e esperou a água baixar.
“Comecei a tirar a água do banheiro, mas não parava de subir. Foi uma situação difícil, bem ruim, não desejo para ninguém”, lembra Patrícia.
Já na imobiliária que fica na mesma rua da casa de Patrícia, a chuva estragou móveis e documentos. O corretor José Antonio de Souza tem a esperança de recuperar alguma coisa.
“Aqui é uma região que sempre alaga quando chove. Por isso, sempre nos precavemos, quando sabemos que vai chover, levantamos tudo. Mas, nem imaginávamos que choveria no domingo a noite”, lamenta Souza.

O secretário Euripedes Leme Silva alega que o alagamento na rua Albino Silva ocorreu por acúmulo de sacos de lixos nas bocas de lobos e porque a região é uma baixada, um ponto crítico.  “É uma situação antiga e crônica. Como é uma área de baixada é propensa a acontecer isso quando o volume de água é muito grande”, detalha o secretário.

A prefeitura informou que já elaborou um projeto para atrair recursos do Governo Federal para recuperar a área, porém, como o valor do investimento é muito alto o dinheiro ainda não foi liberado.

Ainda não há previsão de quando as obras nos bairros serão concluídas.
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