Prefeitura de Cambará notificada por crime ambiental
Município foi citado por depositar lixo a céu aberto, inexistência de tratamento e contenção de chorume e produção de gás poluente
Além do chorume que se espalha contaminando o solo e lençol freático, a Polícia Ambiental flagrou vários pontos de queimadas de materiais tóxicos
A Polícia Ambiental notificou a prefeitura de Cambará por danos ao meio ambiente causados por uma grande quantidade de lixo que está sendo depositada sem nenhum tipo de tratamento no aterro municipal. A matéria orgânica acumulada no espaço produz um volume elevado de chorume que, sem o reservatório adequado, está poluindo o solo e um lençol freático que existe no local.
Policiais ambientais do 4º Pelotão, com sede em Jacarezinho, também encontraram outras irregularidades consideradas graves na área, que provocam sérios danos ao meio ambiente. Além do chorume que se espalha sem nenhum tipo de contenção, a Polícia Ambiental também flagrou grande quantidade de material proibido sendo depositado no aterro sem tratamento seletivo. Objetos como garrafas, latas e embalagens plásticas estavam sendo queimados no local. A destruição destes materiais pelo fogo produz fumaça tóxica altamente prejudicial à saúde e ao meio ambiente.
De acordo com soldado Iran Siqueira, o sistema de tratamento do aterro está totalmente desativado e as notificações podem gerar diversas multas ao município. "Não existe nenhum tipo de tratamento no aterro que está abandonado. Em média, são depositados entre oito a dez caminhões de lixo por semana no local sem qualquer tipo de cuidado para selecionar os materiais. Foram registrados também vários pontos de queimadas de lixo, produzindo grande quantidade de fumaça tóxica no aterro", informou.
Ainda segundo o policial, o município foi notificado por depositar lixo a céu aberto, inexistência de tratamento adequado para isolamento total do solo e produção de gás poluente. "Se o município for autuado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), cada notificação representa uma multa que gira em torno de R$ 40 mil aos cofres públicos", concluiu.
As notificações foram encaminhadas ao Ministério Público Estadual e ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), órgão responsável pelas autuações.
SERVIÇO TERCEIRIZADO
A secretária municipal de Agricultura e do Meio Ambiente, Ana Célia Francisca Grandi, informou que os serviços no aterro sanitário foram terceirizados no final do ano passado à empresa WR Bergamaschi, que desde então é a responsável pelo tratamento do lixo e a manutenção do local. "Não temos um corpo de funcionários adequado para tocar o aterro, por isso, no final do ano foi realizada uma licitação, e desde dezembro, a empresa vencedora é quem responde pelos serviços", explicou.
O proprietário da WR Bergamaschi, Wagner Bergamaschi, disse que o aterro foi construído há dois anos com 250 metros de lona geotêxtil para receber o material orgânico, mas como não existia um processo de separação seletiva do lixo, o material depositado na célula acabou danificando a geomembrana e entupiu as tubulações que levam o chorume até as represas apropriadas para receber o composto orgânico.
Sobre o material proibido depositado no local, registrado pela Polícia Ambiental, o empresário justificou alegando que a imagem foi registrada em uma área externa, fora do aterro, que estava sendo utilizada por populares para depositarem o lixo doméstico. No entanto, o empresário afirmou que a área foi totalmente isolada e que somente os caminhões da coleta de lixo estão autorizados a entrar no local.
Bergamaschi disse ainda que a prefeitura já adquiriu os equipamentos para o processo seletivo dos materiais recolhidos, e que as máquinas serão administradas pela associação dos catadores de lixo.
A previsão da empresa para que o aterro esteja dentro das normas é de no máximo 60 dias, conforme um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que deve ser assinado nos próximos dias entre a empresa e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Policiais ambientais do 4º Pelotão, com sede em Jacarezinho, também encontraram outras irregularidades consideradas graves na área, que provocam sérios danos ao meio ambiente. Além do chorume que se espalha sem nenhum tipo de contenção, a Polícia Ambiental também flagrou grande quantidade de material proibido sendo depositado no aterro sem tratamento seletivo. Objetos como garrafas, latas e embalagens plásticas estavam sendo queimados no local. A destruição destes materiais pelo fogo produz fumaça tóxica altamente prejudicial à saúde e ao meio ambiente.
De acordo com soldado Iran Siqueira, o sistema de tratamento do aterro está totalmente desativado e as notificações podem gerar diversas multas ao município. "Não existe nenhum tipo de tratamento no aterro que está abandonado. Em média, são depositados entre oito a dez caminhões de lixo por semana no local sem qualquer tipo de cuidado para selecionar os materiais. Foram registrados também vários pontos de queimadas de lixo, produzindo grande quantidade de fumaça tóxica no aterro", informou.
Ainda segundo o policial, o município foi notificado por depositar lixo a céu aberto, inexistência de tratamento adequado para isolamento total do solo e produção de gás poluente. "Se o município for autuado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), cada notificação representa uma multa que gira em torno de R$ 40 mil aos cofres públicos", concluiu.
As notificações foram encaminhadas ao Ministério Público Estadual e ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), órgão responsável pelas autuações.
SERVIÇO TERCEIRIZADO
A secretária municipal de Agricultura e do Meio Ambiente, Ana Célia Francisca Grandi, informou que os serviços no aterro sanitário foram terceirizados no final do ano passado à empresa WR Bergamaschi, que desde então é a responsável pelo tratamento do lixo e a manutenção do local. "Não temos um corpo de funcionários adequado para tocar o aterro, por isso, no final do ano foi realizada uma licitação, e desde dezembro, a empresa vencedora é quem responde pelos serviços", explicou.
O proprietário da WR Bergamaschi, Wagner Bergamaschi, disse que o aterro foi construído há dois anos com 250 metros de lona geotêxtil para receber o material orgânico, mas como não existia um processo de separação seletiva do lixo, o material depositado na célula acabou danificando a geomembrana e entupiu as tubulações que levam o chorume até as represas apropriadas para receber o composto orgânico.
Sobre o material proibido depositado no local, registrado pela Polícia Ambiental, o empresário justificou alegando que a imagem foi registrada em uma área externa, fora do aterro, que estava sendo utilizada por populares para depositarem o lixo doméstico. No entanto, o empresário afirmou que a área foi totalmente isolada e que somente os caminhões da coleta de lixo estão autorizados a entrar no local.
Bergamaschi disse ainda que a prefeitura já adquiriu os equipamentos para o processo seletivo dos materiais recolhidos, e que as máquinas serão administradas pela associação dos catadores de lixo.
A previsão da empresa para que o aterro esteja dentro das normas é de no máximo 60 dias, conforme um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que deve ser assinado nos próximos dias entre a empresa e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Luiz Guilherme Bannwart
Especial para a FOLHA-FOLHA DE LONDRINA
Especial para a FOLHA-FOLHA DE LONDRINA
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