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Microcrédito melhora a economia em pequenas cidades

Em Conselheiro Mairinck, 90% dos empreendedores comerciais já recorreram ao financiamento da Fomento Paraná

Fotos: César Augusto
Érika Aline da Silva começou no ramo de confecções e estética há cinco anos: planos para ampliar a loja
A família do empresário Alexandro Ferreira de Almeida é dona de uma indústria de biscoitos e investiu na compra de equipamentos
Conselheiro Mairinck - O financiamento está mudando a vida de microempreendedores em boa parte das cidades do Norte Pioneiro e contribuindo para a geração de empregos em vários setores e, consequentemente, melhorando o desempenho da economia destes municípios.

Um exemplo é o que acontece em Conselheiro Mairinck, município com 3,8 mil habitantes, mas, provavelmente, com um dos maiores índices de busca por microcrédito no Estado. Na cidade, onde existem 79 empreendimentos comerciais registrados, é difícil encontrar um microempresário que ainda não tenha recorrido ao benefício para investimentos e ampliação de seus negócios ou reforma em seus estabelecimentos.

"Mais de 70 empresas têm financiamentos conosco", contabiliza o agente de crédito Davi Francisco de Oliveira Siqueira, da agência Fomento Paraná. Segundo ele, a procura para os financiamentos se deve à propaganda boca a boca. "Uma pessoa que pegou o crédito comenta com a outra, diz que é fácil conseguir o empréstimo, que os juros são baixos, e assim vai indo", afirma.

De acordo com Siqueira, o modelo de financiamento tem contribuído para melhorar a economia do município. A agência Fomento Paraná investiu R$ 768 mil em Conselheiro Mairinck nos últimos três anos. Desde a implantação do projeto no município há 14 anos, foram gerados cerca de 200 empregos, o que é significativo para uma cidade deste porte.

A microempresária Érika Aline da Silva começou no ramo de confecções há cinco anos como sacoleira, comprando mercadorias em São Paulo e revendendo de porta em porta. Um ano depois, ela decidiu abrir uma pequena loja no centro da cidade e para isso fez um empréstimo de R$ 6 mil na Agência de Fomento.

O negócio deu tão certo que recentemente ela fez um segundo empréstimo, no valor de R$ 13 mil a ser pago em três anos, para ampliação da loja. A microempresária pretende aumentar a diversidade de produtos, mas isto só depois de pagar o empréstimo atual.

A família do empresário Alexandro Ferreira de Almeida é dona de uma indústria de biscoitos de polvilho que atende a mais de 30 municípios da região. Por ser um empreendimento já consolidado, a empresa entrou em outra faixa de financiamento. No ano passado, ele decidiu ampliar o negócio passando a produzir pipoca doce. Para isso, Almeida precisava comprar algumas máquinas para torrar e estourar o milho e fez um empréstimo no valor de R$ 200 mil na agência local de fomento, valor que será pago em cinco anos.

Almeida só reclama da demora na liberação dos recursos e no excesso de garantias exigido para liberar o financiamento.

folha de londrina
Eli Araujo
Reportagem local
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