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A gente agora tem de descer do palanque’, diz João Arruda

Recém-eleito coordenador da bancada do Paraná em Brasília, o deputado federal João Arruda (PMDB) promete deixar as divergências políticas de lado para trabalhar em favor do Estado. Ele venceu a disputa com Ricardo Barros (PP), marido da vice-governadora Cida Borghetti (Pros), que acabou retirando sua candidatura antes do início da votação, anteontem. Alex Canziani (PTB) chegou a costurar um terceiro nome para o cargo, mas também não obteve sucesso. Além dos 30 deputados federais, fazem parte do grupo os três senadores paranaenses – Alvaro Dias (PSDB), Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB).

A atuação do coordenador costuma se restringir à elaboração de emendas ao orçamento da União e a algumas ações de interlocução entre os governos federal e estadual. Arruda, porém, diz que pretende reforçar também a defesa de bandeiras paranistas históricas, como a divisão do mar territorial e a revisão do pacto federativo. Apesar de ser adversário político do governador Beto Richa (PMDB) – é ainda sobrinho de Requião – o peemedebista lembrou que contou com os votos de políticos de diferentes legendas, inclusive do PSDB. "A bancada é maior do que essa discussão eleitoral entre partidos. Tive o apoio dos três senadores e não vejo nenhum problema em fazer essa articulação, desde que haja uma pauta definida", afirmou.

Quanto à dificuldade da administração tucana em liberar empréstimos internacionais no ano passado, questão que acabou permeando a corrida ao Palácio Iguaçu, com trocas de acusações de parte a parte, Arruda garante que é algo já superado. "Essa discussão acabou com o fim da eleição. A gente agora tem de descer do palanque e se preocupar em priorizar a gestão. Vejo que ele (Beto) enfrenta dificuldades. Mas nós não torcemos contra o estado do Paraná. Cada um tem a sua responsabilidade", ponderou.

Outro assunto que deve ser levantado nos próximos meses, segundo o parlamentar, é a reforma política. O deputado sugere que a bancada discuta as propostas e que chegue a uma posição conjunta sobre os principais pontos. Entre eles estão o calendário eleitoral, o financiamento de campanha – se público ou privado - e o sistema de votação – se proporcional ou distrital. "Cada estado tem as suas características, inclusive do ponto de vista eleitoral. Não pretendo chegar a um consenso sobre tudo. Agora, a unidade tem de existir em função do que é prioridade para o Estado", argumentou.
Mariana Franco Ramos
Reportagem Local-folha de londrina
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