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Filho acusado de mandar matar o pai é condenado a 17 anos de prisão

Taxista de Goioerê, no noroeste do Paraná, foi morto em fevereiro de 2010.
Advogado de Jonson de Souza Marinho vai recorrer da sentença ao TJ-PR.

Luciane CordeiroDo G1 PR
Jonson de Souza Marinho acusado de mandar matar o próprio pai, o taxista Iran Alves Marinho, em 2010, foi condenado a 17 anos de prisão pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. O julgamento, realizado em Goioerê, no noroeste do Paraná, durou mais de 40 horas e terminou na madrugada deste domingo (22).

O crime ocorreu no dia 21 de fevereiro de 2010, e o corpo do taxista, que na época tinha 71 anos, só foi encontrado 40 dias depois em um canavial. Além do filho da vítima também foram julgados outros três réus, os irmãos Claudinei e Sidnei de Oliveira e Josiane Melchior Gomes.

De acordo com a acusação, a mulher, esposa de Claudinei, combinou a corrida e os irmãos executaram o idoso. O taxista trabalhava no mesmo ponto de táxi há 40 anos. O assassinato comoveu os moradores da cidade.

Além de Marinho, os três réus também foram condenados. Sidnei de Oliveira foi condenado a 19 anos e um mês, Claudinei de Oliveira a 16 anos e 3 meses e Josiane a 12 anos de detenção.

O advogado de Jonson Marinho, Carlos Eduardo Vila Real, vai apresentar recurso no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) nesta segunda-feira (23) e tentará anular o julgamento. Para Vila Real houve contradição no julgamento das qualificações do crime.

“Primeiro os jurados votaram a favor de que Claudinei matou o taxista por ciúmes. Para os jurados Claudinei descobriu que a esposa Josiane era amante da vítima. Depois, os mesmos jurados votaram que Claudinei teria recebido dinheiro do meu cliente para cometer o crime”, explica o advogado.

Para Vila Real, como há divergências de qualificações o julgamento deve ser anulado. “O julgamento foi contrário às provas que estão nos autos”, argumenta."Tanto Claudinei quanto Sidnei disseram que o meu cliente pagou para matar o pai porque foram pressionados pela polícia. O meu cliente não tem participação nenhuma nesse crime", acrescenta Vila Real.

Por enquanto, Jonson Marinho e Josiane Gomes continuarão respondendo o processo em liberdade. Como Claudinei e Sidnei de Oliveira já estavam presos antes do julgamento, permanecerão na cadeia enquanto o recurso não é julgado pelo TJ-PR
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