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Professores decidem ir à Justiça contra retorno das aulas do 3º ano

Acionada pelo Governo do Paraná, Justiça concedeu liminar no sábado (28).
'Não temos nem acesso a quem são os professores do 3º ano', diz sindicato.

Sabrina CoelhoDo G1 PR
A direção do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato) definiu, nesta segunda-feira (2), que vai recorrer à decisão liminar que determina o retorno das atividades dos professores do terceiro ano do Ensino Médio e de 30% dos funcionários das escolas estaduais.
A APP-Sindicato tem o prazo de 48 horas para cumprir a decisão favorável ao governo estadual e 15 dias para apresentar recurso, que deve ser protocolado nesta terça-feira (3), de acordo com o secretário de comunicação da APP- Sindicato, Luiz Fernando Rodrigues.
Não temos nem acesso a quem são os professores do terceiro ano. Isso tudo é feito pela secretaria de educação"
Luiz Fernandes Rodrigues, APP-sindicato
"Nossos advogados estão trabalhando para que o recurso seja feito o quanto antes. Mas hoje (segunda-feira) já vamos mandar uma petição porque não há como cumprir a liminar. Não temos nem acesso a quem são os professores do terceiro ano. Isso tudo é feito pela secretaria de educação", explicou Rodrigues.
Em nota o Sindicato afirma que, ao questionar a decisão na Justiça, pedirá que estado ofereça as condições necessárias para o cumprimento da decisão. A liminar foi despachada no sábado (28) pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), mas entregue oficialmente aos representantes do sindicato na manhã desta segunda.

"A greve é legítima e nós compreendemos, mas lamentamos que o governador tenha ido para a Justiça contra um movimento que inclusive tem o apoio da comunidade. Os alunos não serão prejudicados. O salário referente ao mês de fevereiro foi pago e, como haverá a restituição das aulas, ele é legítimo", disse o presidente do sindicato, Hermes Leão.

A assembleia estadual  que pode por fim à greve da categoria acontece nesta quarta-feira (4), às 8h30, no Estádio Durival de Britto e Silva, a Vila Capanema, em Curitiba.
Greve
A greve dos professores foi deflagrada em 9 de fevereiro depois que o governo, por exemplo, atrasou o terço de férias da categoria. O movimento se acirrou depois que chegou à Assembleia um pacote de medidas de ajuste fiscal. Quase um milhão de alunos da rede estadual estão sem aulas.
Desde o início da greve, vários servidores estão acampados no Centro Cívico, onde fica a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e o Palácio Iguaçu. Eles chegaram a invadir o Legislativo quando deputados tentaram aprovar em apenas um dia um pacote de medidas de austeridade que poderia mexer com benefícios dos servidores. Os projetos foram retirados pelo governo para revisão.
Manifestantes marcham pelas ruas de Curitiba (Foto: Daiane Baú / G1)Manifestantes realizaram marcha pelas ruas de Curitiba como parte do protesto (Foto: Daiane Baú/G1)
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